Adeus, minha amiga de quatro patas

Hoje não tem roteiro.


Não tem figurino, não tem maquiagem.

Só tem silêncio… e saudade.

No fim de semana, eu perdi uma das minhas companheiras mais fiéis:
minha cadelinha velhinha, que esteve comigo por tantos anos, partiu enquanto dormia.

É estranho como a gente se acostuma com o barulho das patinhas na casa…
com o olhar que entende sem palavras…
com aquela recepção feliz — mesmo nos dias em que a gente não tinha vontade de sorrir.

E de repente, tudo isso desaparece.
E fica um vazio que ninguém preenche.

Ela não era “só um animal”.
Ela era abrigo.

Dormia perto de mim como se fosse um anjo da guarda.
Me amava sem condições, sem julgamentos.
E só quem já teve esse tipo de amor sabe o que estou dizendo.

Hoje, eu só queria agradecer.
Por cada ano ao meu lado, por cada lambida no rosto, por cada silêncio compartilhado.

Ela foi amor puro.
E vai viver pra sempre no meu coração.

Se você também já perdeu um bichinho… eu sinto muito.
Mas saiba: o amor verdadeiro nunca morre.
Ele só muda de forma… e vira saudade bonita.

— Gabriela Fortunado 🌙